sexta-feira, 19 de agosto de 2011

INDIGNAÇÂO - Reage Cidadão

Campanha do Jornal Tribuna Feirense. Texto nosso e produção do anúncio de Xiko Melo da Mercado


O brasileiro precisa indignar-se se não quiser que o futuro chegue tarde demais. É histórico que avanços e retrocessos, em todos os campos, são cíclicos. O avanço da economia, associado aos péssimos, ainda, índices de educação e informação que afeta a maioria - uma contradição em si, diante da expansão da comunicação - estão se tornando um salvo-conduto para um dos mais graves momentos de degradação da prática política, administrativa e institucional do país. Seja no âmbito municipal, estadual ou federal.

A ascensão de um governo que representava a esquerda - ou uma esperança de esquerda - aos vícios mais torpes do poder contribuiu de forma relevante para agravar a deterioração da práxis política. A defesa intransigente e simbólica que seu líder maior - o ex-presidente Lula - faz dos que cometeram erros morais, o constante incentivo do desrespeito à lei e à Constituição, à história, além da leniência e compactuação com as mais atrasadas lideranças - cumplicidade que não pode ser justificada pela governabilidade de um Presidente que detinha recordes de aceitação popular-, envenenam a Sociedade.

A sensação de que os Códigos de Leis são incapazes de produzir punição real e recuperar recursos roubados aos borbotões funciona como alento ao que usurpam o poder em benefício próprio. Além disso, a compra dos movimentos sociais com generosas verbas - da UNE ao MST e Centrais Sindicais- eliminou forças que sempre estiveram na linha de frente das cobranças e eram mobilizadoras da indignação popular.

A opção pela alegria, seja como for, e não pelo enfrentamento, tão típico da alma do brasileiro, a sensação que o resgate social promovido pelas migalhas dos planos assistenciais representa grande avanço e o destaque do Brasil no cenário mundial, vendido como um espetáculo do crescimento, não podem mascarar o descontrole do Estado e a quase completa destruição do papel do Senado e da Câmara como espaço perene de ação política.

O brasileiro precisa compreender que a política, como ciência, como caminho para construção da nação, é sua responsabilidade. Não podemos compactuar com governos corruptos, incapazes administrativamente, que estupram sigilos, saqueiam o futuro de nossas famílias, e o presente de nossas vidas. Precisamos reagir, expulsar, das Câmaras, das Prefeituras, das Assembleias, dos Governos, do Poder Central, políticos que ficariam melhores no cárcere que exercendo mandatos. Para isso, necessitamos de Polícia sem manipulação, leis mais ágeis e exigir resolutividade do Judiciário.

Não podemos aceitar o aparelhamento improdutivo da máquina pública, nem as sofisticadas quadrilhas, de qualquer matiz, que roubam nossos impostos e serviços, e nos espoliam sempre mais, insaciáveis. Temos de acusar e apontar nas ruas aqueles mercadores que fazem da política, barganha, trapaceiros que curvam a coluna ao dinheiro e às ambições.

Devemos repudiar partidos que se estruturam como lojas de vender convicções e buscar identidade ideológica, mínima ao menos, pois sua falta tem produzido apenas servilismo e adesismo oportunista. Precisamos enfrentar o autoritarismo que tenta amedrontar e punir a falta de coerência com a recusa ao voto.

Não podemos nos acomodar ao desalento da falta de opções. Lembrem-se, brasileiros, que somos responsáveis pelo país, cidade, qualidade de vida que vamos legar aos filhos, e pelas facilidades e custos que eles encontrarão. E a vida os punirá se formos omissos agora.

Jovens, precisamos de homens. Estejam à altura para escolherem o país que querem ter. Pais, sejam exemplos. Não podemos ceder, nem ficar indiferentes. Vamos nos indignar e mostrar que ética, caráter, honra e honestidade ainda são motivo de orgulho. Por minha aldeia melhor, por um Estado eficaz, por um Brasil maior.

Um comentário:

Helena disse...

Olhe, êste artigo deveria ser leitura obrigatória nas escolas.
De repente, teríamos até o retôrno dos "caras pintadas" novamente.