Das minhas dores mais longas,
desbagoarei os gomos,
pra atender à fome dos cães.
desbagoarei os gomos,
pra atender à fome dos cães.
Meu olhar sem escamas,
e a senha de teu corpo,
pode levar ou esquecer:
não me cabe guardar inocências.
As fraquezas, inclusive
meu choro de homem
e aquela noite, era outubro,
serão minhas, no inventário.
As demais miúdezas: lençóis,
projetos inacabados, risos,
guardemos, nos inutéis da memória.
Do que sou, ao fim,
serei sempre, exílio.
Modigliani - Homem com copo de vinho
Um comentário:
yes! salut, poeta!
sempre à espera do Monet... ;)
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